Segue link da videoconferência para quem não assistiu!
http://media.rededosaber.sp.gov.br/see/MEDIACAO_E_LINGUAGEM_13_03_14.wmv
Seguem materiais para a videoconferência de 13/03/2014 das 9h30 às 12h30:
Roteiro técnico
http://demaua.edunet.sp.gov.br/demaua/setores_da_diretoria/links_nucleos/links_pedagogico/lingua_portuguesa/roteiro_tecnico_clarissa.pdf
Diário de Bordo
http://demaua.edunet.sp.gov.br/demaua/setores_da_diretoria/links_nucleos/links_pedagogico/lingua_portuguesa/da_linguagem_literaria_a_cinematografica.pdf
http://demaua.edunet.sp.gov.br/demaua/setores_da_diretoria/links_nucleos/links_pedagogico/lingua_portuguesa/clarissa.pdf
Cinema
http://demaua.edunet.sp.gov.br/demaua/setores_da_diretoria/links_nucleos/links_pedagogico/lingua_portuguesa/cinema_gilberto%20caron.pdf
Este blog pertence à Equipe de Língua Portuguesa do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino de Mauá, formada pelas PCNP Rose França, Rosiane e Valéria Aveiro, e irá registrar os trabalhos realizados por nós junto aos 348 professores da região, envolvendo as 104 escolas de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Além das atividades desenvolvidas em Cursos e Orientações Técnicas, também divulgaremos as boas práticas desses professores que, conosco, formam o nosso Time Língua Portuguesa!
quarta-feira, 19 de março de 2014
sexta-feira, 14 de março de 2014
DIA DA POESIA
Em homenagem a Castro Alves, que nasceu em 14 de março de 1847, hoje é o dia da poesia!
Vamos celebrar!
Não me importo com as rimas
Alberto Caeiro
Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior
Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como o levantar-se vento...
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Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior
Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como o levantar-se vento...
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Dedicatória
Castro Alves
A pomba d'aliança o vôo espraia
Na superfície azul do mar imenso,
Rente... rente da espuma já desmaia
Medindo a curva do horizonte extenso...
Mas um disco se avista ao longe... A praia
Rasga nitente o nevoeiro denso!...
Ó pouso! ó monte! ó ramo de oliveira!
Ninho amigo da pomba forasteira! ...
Assim, meu pobre livro as asas larga
Neste oceano sem fim, sombrio, eterno...
O mar atira-lhe a saliva amarga,
O céu lhe atira o temporal de inverno. . .
O triste verga à tão pesada carga!
Quem abre ao triste um coração paterno?...
É tão bom ter por árvore — uns carinhos!
É tão bom de uns afetos — fazer ninhos!
Pobre órfão! Vagando nos espaços
Embalde às solidões mandas um grito!
Que importa? De uma cruz ao longe os braços
Vejo abrirem-se ao mísero precito...
Os túmulos dos teus dão-te regaços!
Ama-te a sombra do salgueiro aflito...
Vai, pois, meu livro! e como louro agreste
Traz-me no bico um ramo de... cipreste!
Castro Alves
A pomba d'aliança o vôo espraia
Na superfície azul do mar imenso,
Rente... rente da espuma já desmaia
Medindo a curva do horizonte extenso...
Mas um disco se avista ao longe... A praia
Rasga nitente o nevoeiro denso!...
Ó pouso! ó monte! ó ramo de oliveira!
Ninho amigo da pomba forasteira! ...
Assim, meu pobre livro as asas larga
Neste oceano sem fim, sombrio, eterno...
O mar atira-lhe a saliva amarga,
O céu lhe atira o temporal de inverno. . .
O triste verga à tão pesada carga!
Quem abre ao triste um coração paterno?...
É tão bom ter por árvore — uns carinhos!
É tão bom de uns afetos — fazer ninhos!
Pobre órfão! Vagando nos espaços
Embalde às solidões mandas um grito!
Que importa? De uma cruz ao longe os braços
Vejo abrirem-se ao mísero precito...
Os túmulos dos teus dão-te regaços!
Ama-te a sombra do salgueiro aflito...
Vai, pois, meu livro! e como louro agreste
Traz-me no bico um ramo de... cipreste!
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